Conhecem os buracos da rua todos, cada um deles, dançando com o carro
para evitá-los à medida que avançam. Passam pela mesma rua vezes e mais
vezes por noite, até se decidir. E é assim, à distância, que você já
reconhece um acostumado ao bairro, cliente conhecedor da dinâmica.
Gritam "delícia" alguns, meio mecanicamente (quem grita assim grita o
mesmo pra todas, nada significa), outros ficam só encarando, a maioria
passa sem reação, como se a rua fosse prateleira, como se nós objetos:
não há necessidade alguma de, pelo olhar, indicar o que ele achou ou
deixou de achar, quanto menos dizer o que quer que seja. E lá vou eu
tentando atiçar suas curiosidades, suas vontades, um beijo lascivo aqui,
um aceno ali, um "oi", "vem cá". E é isso.
Pois pararam três pra saber o preço, me conhecer melhor, antes do primeiro cliente da noite. Um veio perguntando se eu metia forte, arrombava o edi dele, tadinha de mim... condição zero de garantir ereção, ainda mais quando o cara não coopera (me tratar como gente é fundamental, e não como um pinto sobre pernas). Nada feito. Ele sentiu que não era a minha e eu não desmenti. No sexo prefiro sempre que nada dependa da minha ereção, ou pode ser que não role nada. Os outros foram bem xis, só perguntando quanto, interagindo pouco e "vou dar uma voltinha, qualquer coisa eu volto". Os caras aprenderem a nos tratar como gente e não coisa, qual a dificuldade? Incrível o quanto conseguem abalar sua autoestima mesmo quando você está super bem.
Mas veio o bendito primeiro e acabou que único. Parou a motoca, conversou comigo em cima dela mesmo, eu sedutora, voz sexy, brincando com a mão na sua virilha enquanto jogava o velho blablablá, ele se animando todo. "Quanto é o oral?" Faço vinte pra você, só pra você. "Hmmm... mas onde?" Ah, qualquer lugar... mas se você for tímido tem o estacionamento lá embaixo, mais escurinho, ou o matel. "Vai o estacionamento então, mas e esse batom? A esposa me mata se eu chegar em casa com a cueca suja!" Se tem coisa que me irrita é isso. O cara tem esposa em casa, esperando, a travesti servindo só pra uma rapidinha paga com trocados. Mas tirei o batom mesmo assim, na mão, ele vendo, e lá fomos nós.
Pois pararam três pra saber o preço, me conhecer melhor, antes do primeiro cliente da noite. Um veio perguntando se eu metia forte, arrombava o edi dele, tadinha de mim... condição zero de garantir ereção, ainda mais quando o cara não coopera (me tratar como gente é fundamental, e não como um pinto sobre pernas). Nada feito. Ele sentiu que não era a minha e eu não desmenti. No sexo prefiro sempre que nada dependa da minha ereção, ou pode ser que não role nada. Os outros foram bem xis, só perguntando quanto, interagindo pouco e "vou dar uma voltinha, qualquer coisa eu volto". Os caras aprenderem a nos tratar como gente e não coisa, qual a dificuldade? Incrível o quanto conseguem abalar sua autoestima mesmo quando você está super bem.
Mas veio o bendito primeiro e acabou que único. Parou a motoca, conversou comigo em cima dela mesmo, eu sedutora, voz sexy, brincando com a mão na sua virilha enquanto jogava o velho blablablá, ele se animando todo. "Quanto é o oral?" Faço vinte pra você, só pra você. "Hmmm... mas onde?" Ah, qualquer lugar... mas se você for tímido tem o estacionamento lá embaixo, mais escurinho, ou o matel. "Vai o estacionamento então, mas e esse batom? A esposa me mata se eu chegar em casa com a cueca suja!" Se tem coisa que me irrita é isso. O cara tem esposa em casa, esperando, a travesti servindo só pra uma rapidinha paga com trocados. Mas tirei o batom mesmo assim, na mão, ele vendo, e lá fomos nós.
Foi de moto na frente, sozinho, mas pagou adiantado pra me convencer que
era sério. Eu fui a pé, duas quadras. Quando cheguei, já estava lá. Me
explicou que tem uma com quem sempre sai, mulher, não travesti, só que
ela não tava na rua, aí ele aproveitou pra uma variada. O papo tava bom,
mas tempo é dinheiro e lá vai o zíper, jeans abaixado só até a metade
da perna, pra não sujar no chão de terra e camisinha usada. Necão
bonito, gorducho, dava até gosto imaginar na boca, mas não, taca-lhe
guanto desde o começo, com a boca mesmo, únca forma de pôr quando ainda
está murcho. Começa o oral, ele em pé, eu agachada no salto, cãimbras e
mais cãimbras, o pau dele no máximo meia-bomba, o meu sem dar sinal de
vida.
Uma hora endurece,
ele se anima, pergunta quanto a mais pro completo, "mais dez", lá vem
dez a mais pro meu bolso. Fico de pé, ufa, gelzinho na neca e no edi,
ele se encaixando por trás, me inclinando sobre a moto, começando a
forçar a portinha tentando entrar. Nada. Tou meio machucada, a verdade é
essa, sem conseguir resolver a questão (ainda escrevo mais a respeito).
A coisa é que, de tanto insistir, uma hora a ereção já não tão vigorosa
assim foi por terra e não houve cristo que a reerguesse. Ele me pede
então pra tirar o guanto e eu bater uma pra ele. Fico meio assim, era a
última camisinha que eu tinha (esqueci a bolsa com uma amiga), avisei
que não teria mais como penetrar depois, ele ok, só queria gozar com uma
punhetinha minha.
Mãos à
obra, de cara ele solta o famigerado "faz o que quiser de mim, me toca
onde você quiser". Quem me lê, já sabe o que significa, onde ele me quer
tocando. Sim, edi, cu, justo onde eu vou chegando ali por baixo, pelo
períneo, "faz o que você quiser", meia-bomba virando pedra, "sou todo
seu", até que ele goza. Não foi tão rápido assim, no entanto, eu tendo
que trocar de mão por cansaço, ele assumindo o trabalho no final, eu só
tendo que massagear seu cuzinho. Ele chegou ainda a pedir que eu
enfiasse o dedo, mas tá boa que vou pôr meu dedinho lá: contente-se com
as beiradas, querido. E vê se paga um drive-in a próxima, porque transar
em pé ninguém merece.
por Amara Moira
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